*O Pintinho Fujão
A Galinha Cocoricó é uma
mãe muito cuidadosa. Teve uma ninhada de nove filhos. Para onde ia levava seus
filhotes, muita atenta, para que nenhum se perdesse.
Certa tarde, ao voltar
para casa devido um breve descuido faltou um deles. Por essa razão foi batizado
de Pintinho Fujão. A Cocoricó e o Galo Cantor ficaram preocupados e comunicaram
a todos os amigos para procurar seu lindo filhote.
Andaram por todos os
lados e nada encontraram. O Galo Cantor subiu numa árvore gritou alto. Os
amigos acompanharam o canto e nada. Só restava esperar pelo destino e a sorte.
O Fujão foi andando e
piando, passou algumas aventuras. Encontrou um coelhinho comendo cenoura. Posso
comer, amigo? Estou com fome e perdido. Ah, é muito duro, não tenho dentes, só
bico. Você sabe aonde eu moro? Me ensina. - Sei não respondeu o coelhinho.
Ele saiu triste e duas
mãos o pegaram. Me solta, ou então me leva para minha mãe. – Não, vou lhe
criar. O Fujão deu uma bicada saiu correndo, se escondeu num cantinho. Depois
foi andando e se encontrou com uma borboleta.
Boa tarde borboleta
linda, você se alimenta de folhas? Eu não, só farelo de milho e farelinhos que
minha mãe cisca para mim. Estou com fome vou comer seus farelos de folhas
caídos no chão. Você sabe aonde eu moro? Me leva! - Sei não e saiu voando.
Fujão pensou, não podemos
nos separar de nossa mãe enquanto não soubermos nos conduzir na vida. Andando
viu a tartaruga. - Senhora tartaruga a senhora come alface? - Sim, é bom para saúde. - Vou bicar um
pouquinho, posso? - Sim. - Você me leva
para casa? Mas é tão lenta! - Não sei
aonde é sua casa.
Mais uma desilusão e
fujão continuou sua busca pelo caminho. Estava cansado, quando avistou um
cachorro. - Ei cachorrinho, você conhece a minha mãe, a galinha Cocoricó? - Não. - Estou perdido quero ir para casa.
- Repouse um pouquinho depois continua na sua
busca.
Que faço para encontrar
meu caminho! Nem sei aonde estou, nem qual direção tomar. E foi andando quando
avistou um bezerrinho. - Você se alimenta mamando bezerrinho! Eu não, é bicando
os grãos. Cada animal com seu modo. Você vai me deixar em casa? - Não sei aonde
você mora!
Esta escurecendo que
faço? Andou mais alguns passinhos e viu a coruja no topo de uma árvore. - Boa
tardinha, senhora Coruja, a senhora conhece minha mãe, a Cocoricó? - Não, lindo
pintinho, mas amanhã lhe ajudo a procurar. Está bem? - Sim senhora, ficarei
aqui para a senhora me ajudar.
Fujão estava sossegado quando viu uma raposa. E com sua inocência sem saber que raposas devoram galinhas. Ia se aproximando quando o gatinho esperto avisou: corre atrás de mim senão ela nos devora. Os dois se esconderam até passar o perigo. Passaram a noite escondidinhos
A essa altura seu Galo
Cantor soube que o rei dos galos tinha um par de botas que anda 10 quilômetros
em poucos segundos. Foi lá, conseguiu as botas e foi atrás do seu filhote.
Andou muito até que com
notícia de um e de outro encontrou pela madrugada seu pintinho protegido pelo
gatinho. Foi muita gratidão e alegria.
- Aprendeu a lição, filho, de que não pode se descuidar e se separar dos seus pais? - Sim pai, mas aprendi também que as verduras são excelentes alimentos, que há muita gente boa e ruim nesse mundo. Amiguinhos e a mamãe fizeram uma festa de retorno, com música e tudo mais.
Sonia Nogueira
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