domingo, 8 de dezembro de 2019

A CURA DA IARA


A Cura da Iara
 
             - Lala eu sei a história da índia Iara
- Atenção, ouvidos atentos, depois vamos desenhar a história.
- Iara era uma indiazinha adotada, feinha e tímida.                     
- Às vezes nem é feia, nosso rosto tem um modelo diferente e achamos o modelo
 dos outros rostos feios, não é mesmo, crianças?
 
- Sabe que é verdade!
- Então, a Iara era discriminada porque era índia, os colegas não queriam 
amizade com ela. Nem abria a boca para lê com medo de ser vaiada.                                             
A professora insistia.
- Vamos Iara, leia, seus colegas querem ouvir. Mas a menina continuava muda e
 sem amizade.
Na sala, porém, havia um menino, que gostava da indiazinha, mas nunca falava 
com ela por medo de magoá-la. Quando gostamos não magoamos ninguém. 
No dia da festa da criança haveria leitura de poemas e músicas, as crianças 
deveriam d´r o nome para organizar a festa.
Neste dia a Iara estava tão prontinha que fazia gosto. O menino que gostava
 dela chegou um pouco tímido e disse: 
 
- Gosto muito de você, e lhe acho bonita, quero ser seu amigo.
O sorriso da menina foi tão grande que os olhos se encheram de lágrimas.
Basta uma palavra, ás vezes para a felicidade entrar na nossa vida.
Iara criou um poema, declamou no dia da festa e ainda cantou uma canção 
indígena, aprendeu ainda pequenina, na sua aldeia.
 
Somos todos iguais
Mesmo assim diferentes
Gosto de vocês, e mais,
Hoje estou muito contente.
 
Meu amigo me deu força
Confiança e alegria
Quero amigos que torça
Para unir amigos todo dia.
 
Todas as raças e credos
Amigos sempre ajudando
Sorriso, abraço sem cor,
Um mundo de paz e amor.
                                               
Os aplausos foram muitos para Iara, menina inteligente e voz linda como 
o canto da Iara. 
- Viram crianças, os amigos são assim se conquistam e quando ficam confiantes
 também retribuem com o mesmo afeto.
 
Sonia Nogueira

quinta-feira, 4 de julho de 2019

*UM CONTO DE FADAS



*Um conto de Fadas

Foi um dia na escola
Escola pobre do bairro
Pôs o livro na sacola
Boneca só as de barro.

A professora na sala
Contava história de fada
A menina ali sonhava
O livro velho folheava.

Sonhava com as letrinhas
Queria lê o mais rápido
Para contar historinhas
No domingo ou no sábado.

As letrinhas dançavam
Veio às sílabas a bailar
As frases já deslizavam
Na boca o alfabetizar.

Onde encontrar os livros?
Das fadas e das princesas!
Foi no lixão dos humildes
Que encontrou as tristezas.

O livro rolava ao vento
Chorando do seu mau trato
A menina viu no relento
E guardou como um retrato.

Mirou a princesa loura
Sentiu-se tal qual a lenda
Dormiu com o livro no peito
Sonhado que era a outra.

Toda noite o sonho vinha
Com esperança de vida
Ser alguém e sempre tinha
A esperança bem-vinda

Quem sabe um dia qualquer
Encontre um sapo príncipe
E faça o mundo crescer
Nas letras, o amor, o saber.

Sonia Nogueira